Caxias é um município do estado do Maranhão. É a quarta maior cidade do estado, com uma população de 155 202 habitantes e área de 5.223,981 km². A cidade pertence a Microrregião de Caxias e entrecortada por um manancial composto do Rio Itapecuru e seus afluentes. É um dos maiores centros econômicos do estado graças a seu grande desempenho nos setores da Indústria e um importante centro político, cultural e populacional do estado.
A cidade de Caxias tem uma arquitetura herdada do século XIX e início do século XX no estilo português, ainda conservando boa parte de seu patrimônio histórico.
Conta ainda com um Poló industrial composto de vários setores produtivos, onde destacam-se o segmento industrial de Produção Alimentícia. Destacam-se ainda os segmentos Industriais da Construção Civil, de Bebidas, de Minerais Não Metálicos, do Vestuário e de Cosméticos.
Caxias é conhecida como “Terra das Águas Cristalinas”, destacando-se como uma “Cidade Portadora de Futuro”, pois em seu entorno, gravitam muitos municípios sendo uma região entrecortada por um manancial composto do Rio Itapecuru e seus afluentes, um riquíssimo lençol freático, muita vegetação e chuvas bem distribuídas ao longo do ano, favorecendo a Indústria, o agronegócio e o turismo.
História
Primitivamente era um agregado de índios timbiras e gamelas. Com a chegada dos colonizadores internaram-se nas montanhas e florestas, abandonando suas primeiras habitações.
No século XVIII, estabelecendo-se nas aldeias abandonadas, os portugueses edificaram a Igreja Nossa Senhora da Conceição e deram à nova Povoação o nome de Aldeias Altas, em contraposição talvez, às primeiras já estabelecidas no Baixo Itapecuru. Nos primeiros documentos de que se tem notícia e que foram justamente aqueles remetidos pelos missionários jesuítas para Roma e Lisboa, a localidade é mencionada com o nome de “Guanaré”. Com a construção, ainda no século XVIII , da Capela de São José apareceu também, por vezes, com o nome de São José das Aldeias Altas.
No governo de D. João V, por decisão régia, foi criado o jugado das Aldeias Altas; elevada a Vila em 31 de outubro de 1811, com o nome de Caxias das Aldeias Altas, nome reduzido para Caxias, quando de sua elevação a Cidade em 1836.
Em 1835, o crescimento da Vila era bastante visível e logo se fez necessária a criação de mais duas freguesias; a de Nossa Senhora da Conceição e São José e a de São Benedito, pois só havia a freguesia de Nossa Senhora de Nazaré; elevada à categoria de cidade em 05 de Julho de 1836. Ao contrário do que muita gente pensa, o nome de Caxias, não foi atribuído a Luís Alves de Lima e Silva, patrono do exército brasileiro; ele sim, que recebeu o título de Barão de Caxias, por ter participado e sufocado a maior revolução social existente no Maranhão que foi a Guerra da Balaiada (1839 à 1840).
Um dos fatos marcantes na história da cidade, foi a luta pela Adesão à Independência do Brasil. Caxias foi foco de resistência, quando as tropas comandadas pelos militares Major Salvador Cardoso de Oliveira e João da Costa Alecrim, combateram as tropas comandadas pelo militar português João José da Cunha Fidié; onde o major encontrava-se resistindo à Adesão. O outro fato marcante, foi a Guerra da Balaiada, revolução de grande porte, os balaios ocuparam a cidade, pois ela era uma das mais ricas do Maranhão, populosa, grande empório comercial, localizada em posição estratégica, pomposa vegetação e banhada pelo rio Itapecuru.
A Balaiada
No memorial da Balaiada em Caxias, os canhões simbolizam o poder dos militares na Revolta, acontecida entre 1838 e 1840. Eles cercam o busto de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, o ‘marechal de ferro’. O duque foi enviado para acabar com o conflito, que acabou com mais de 10 mil mortos. A maioria, escravos, camponeses e brancos pobres, que se uniram contra a exploração dos ricos da época. Os revoltosos eram liderados por Cosme Bento dos Santos, o Negro Cosme, e eram chamados de ‘balaios’.Foi uma das batalhas mais sangrentas do Brasil Império. E a morte de Negro Cosme foi um troféu das chamadas forças legalista. Caxias se tornaria patrono do Exército brasileiro, por ter acabado com um movimento que desestabilizava a província do Maranhão.
Em Caxias, o memorial é o maior museu de Caxias e recebe, em média, 900 visitantes por mês.
Segundo alguns, o nome Caxias foi dado ao Município, em razão da existência em Portugal de uma freguesia com idêntica denominação, costume muito comum aos lusitanos da época. Entretanto para o professor Basílio de Magalhães, a grafia correta do topônimo seria “Cachias” já que, segundo ele, provém de “Cachia”, nome dado à esponja, flor do arbusto chamado “corona christi”.
Cultura
A cidade de Caxias tem uma arquitetura herdada do século XIX e início do século XX no estilo português, ainda conservando boa parte de seu patrimônio histórico.
Tem como seus filhos ilustres, poetas como Gonçalves Dias, Coelho Neto, Teófilo Dias, Vespasiano Ramos e outros artistas como César Marques, o escultor modernista Celso Antônio Menezes, o dramaturgo e criador do Teatro Profissional do Negro (TEPRON) Ubirajara Fidalgo, o idealizador da bandeira nacional Raimundo Teixeira Mendes, o senador e deputado federal Joaquim Antônio da Cruz, e o criador do Ministério da Agricultura João Christino Cruz entre outros.
Literatura Caxiense[editar | editar código-fonte]
A Academia Caxiense de Letras (ACL) é um ponto de cultura do cenário caxiense e maranhense, também conhecida como “A casa de Coelho Neto”. Fundada em 15 de Agosto de 1997, conta com 40 membros efetivos e realiza atividades de cunho educacional e cultural.
Contém um acervo de mais de 4 mil livros, dentre eles destaca-se uma coleção de 16 livros raros do escritor caxiense Coelho Neto.
A Academia realiza anualmente uma exposição de arte denominada Expoarte, evento que congrega todas as manifestações artistico-culturais da cidade, além de editar, publicar e lançar obras de seus membros.
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